Livro "Ser ou não ser cão, eis a questão"
Blog sobre o livro "Ser ou não ser cão, eis a questão" Gênero: Realismo Mágico, Infanto-juvenil Uma história que irá cativar pessoas apaixonadas pela causa animal.
O trabalho Ser ou não ser cão, eis a questão de Cintia Bach está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
sexta-feira, 23 de março de 2018
sexta-feira, 1 de abril de 2016
terça-feira, 22 de março de 2016
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Cachorros Literários
Sinopse
Essa história possui algumas metáforas sobre espiritualidade, onde uma delas é buscar sua própria natureza: Sophia é uma cachorrinha muito esperta, mimada por sua dona, a protetora de animais Meg, que divide a casa com sua irmã Rita. A irmã de Meg desenvolve o dom de conversar com os animais por telepatia, após adquirir o hábito de fazer meditação. Por conviver apenas com humanos e conhecer o mundo apenas pela TV, Sophia pensa que é uma garotinha e odeia comer uma comida que ela nem imagina ser ração de cachorro. A rotina da casa é quebrada quando Meg resgata um velho Cocker que foi atropelado. O velho cão percebe que Sophia sofre uma crise de identidade e tenta ajudá-la a enxergar a realidade. Sophia, porém, cria resistência para aceitar os fatos ficando ofendida com o velhote, mas ao longo de várias surpresas e mudanças em seu lar cai na realidade e decide com a ajuda de sua tia Rita, a descobrir uma mágica para virar humana e descobre a "Lei da atração".
http://www.amigosdosbichos.org/
sábado, 12 de setembro de 2015
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
O abandono de animais aumenta os riscos de transmissão de doenças
O Centro de Controle de Zoonoses das prefeituras e as ONGs não têm espaço suficiente para abrigar tanto animal que é abandonado nas ruas das cidades brasileiras. Segundo a Organização Mundial da Saúde, há cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil. Além do sofrimento dos bichinhos, o abandono também é um problema de saúde pública, pois as pessoas correm o risco de contrair doenças. As crianças que moram em periferias e que geralmente brincam nas ruas estão mais suscetíveis a doenças causadas por animais doentes abandonados, inclusive a Raiva.
Eu não sei o que seria de nós se não existissem as ONGs e os protetores de animais!
Esta reportagem mostra bem o que pode acontecer no futuro de muitas cidades se os governos e prefeituras não tomarem medidas drásticas no controle de animais abandonados.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Capítulo 1 - Casa das irmãs Meg e Rita
Meg enche um pratinho
com ração de cachorro e coloca no chão. Sua cachorrinha Sophia cheira o prato,
mas não come. Dá meia-volta e sai, indo em direção ao sofá da sala. A TV está
ligada. Sophia sobe no sofá e fica vendo TV.
Sophia: Não sei por que
minha mãe insiste em me dar essa “gororoba” pra comer. Isso parece comida de
cachorro. Ai, credo! Não aguento mais comer isso. Só porque tem vitaminas e não
sei mais o que, ela insiste em colocar isso no meu prato. Argh! Eu
quero é carne! Só vou comer se tiver carne!
Meg: Sophia! Você tem que papar seu “papazinho”!
Sophia: “Papar papazinho” é
redundância! E não vou papar essa coisa! Isso não é comida de gente! Olhe pra
mim: sou uma garotinha! (Batendo as patas). Quero “comida de criança”!
Meg: (Olhando pra sua irmã
Rita): Ai, que droga! Já mudei a ração umas três ou quatro vezes, mas
ela só come se eu misturar carne!
Rita: Você a acostumou mal.
Mas tem um jeito. Vale a pena se comprar aquela ração mais cara, pois a
maioria dos cães adora, ela aumenta a saciedade, rende mais e é mais nutritiva.
Sophia: Acostumou-me mal?! Como
pode falar isso? Vocês duas comem um monte de coisas cheirosas e suculentas e
nem me oferecem! Só como as migalhas que caem no chão! Ai que humilhação! Meu
Deus! Em que ponto cheguei por querer um pouco de comida normal! O pior é que
vocês me enfiam essa comida até no café da manhã! Sou obrigada a comer isso
fazendo de conta que é meu cereal matinal. Ai que vida!
Capítulo 2 - Café da manhã
Rita prepara o café da
manhã e coloca sobre a mesa o pão, a leiteira, o bule com o café, queijo e
duas xícaras. Sophia fica em pé, colocando as duas patas em cima da mesa.
Sophia: Hei tia! Ta faltando uma
xícara! Também quero tomar café com leite!
Rita: (Olhando feio pra
Sophia). Sophia! Sai daí !
Sophia: (Olhando para Meg com
olhar penoso). Mãe, cê num vai me dar uma xícara de leite com café ?
Meg: Ai, meu “bicinho”! Num
pode por as patinhas na mesa. Senta no chão que a mamãe vai colocar leitinho no
seu pratinho.
Sophia: Ah! Não! Por que ninguém
me entende nessa casa? Ela vai colocar leite no prato! Aposto que é pra botar
aquela “gororoba” junto. Quer apostar quanto que ela pensa que aquilo é cereal?
Qualquer hora eu enfio uma colherada dessa comida na boca delas! Só assim pra
sentirem como é horrível!
Meg coloca o pratinho de
Sophia no chão e o enche com leite morno. A cachorrinha sente o cheiro do
leite e começa a bebê-lo, fazendo um enorme barulho. Em poucos segundos o prato
fica vazio e ela começa lambe-lo. Quando acaba, olha para a mamãe. Meg começa a rir quando percebe que seus bigodes
ficaram brancos por causa do leite.
Meg: Amoleco da mamãe! Ficou
com os bigodinhos sujinhos. Que coisa mais fofa! Vem cá pra mamãe limpar.
(Limpa os bigodes de Sofia).
Sophia: (Suspirando). Pelo menos tenho uma mãe carinhosa. Apesar dela não
entender uma palavra do que falo, mas sabe quando tenho frio, fome e quando preciso
de carinho.
Capítulo 3 - Cidade agitada
Meg volta do trabalho.
Desce do ônibus e espera o farol abrir para atravessar a rua. De repente
avista um Cocker preto no meio da avenida movimentada e um carro indo em sua direção. O Cocker é atingido e grita de dor. Em seguida, surge um ônibus e
Meg, desesperada, corre no meio da avenida e pega o cachorro no colo, levando-o
até a calçada. O tal ônibus estaciona e uma moça desce correndo e se dirige
a Meg.
Moça: Ele se machucou?
Meg: Foi atropelado por um
carro. Aparentemente está bem, mas pode ter sofrido uma fratura. Tenho que
achar um veterinário.
Moça: Desculpe. Como é o seu
nome?
Meg: Pode me chamar de Meg.
Moça: Muito prazer, Meg. Você
é muito corajosa! Eu estava dentro do ônibus e vi quando salvou
o cachorrinho . O meu nome é Maria.
Meg: Muito prazer, Maria. Eu
não poderia ver um bichinho desse ser atropelado na minha frente e
não fazer nada.
Maria: Meu marido está naquele
carro. (Aponta para um carro parado próximo à elas). Vou pedir a ele uma carona
pra você levar o cachorrinho ao veterinário.
Meg: Se ele não quiser ir, eu
ligo pra minha irmã vir pegar a gente.
Maria: Ele vai sim. Não se
preocupe.
As duas chegam perto do
carro. A porta se abre e surge o marido da moça.
Maria: Bem, essa moça acabou de
salvar a vida do cachorrinho.
Marido: Eu sei, vi tudo. Já
estava aqui te esperando quando o cachorro foi atropelado.
Maria: O Cocker precisa de
um veterinário, pois não sabemos se sofreu alguma fratura.
Marido: Vamos tentar achar algum
de plantão, mas a essa hora é difícil achar clínica aberta.
Elas entram no carro que
em seguida se desloca pela avenida.
Enquanto isso, na casa
de Meg, Sophia observa o movimento da rua, sentada em frente ao portão. Estica
o focinho e mexe as narinas para farejar o cheiro de sua mãe no ar.
Sophia: Minha mãe está
demorando... Nem cheiro dela. Ainda está longe daqui. Não estou gostando
nada disso!
Capítulo 4 – Um hóspede inesperado
O marido de Maria
estaciona o carro em frente a casa de Meg. Ela desce e pega o Cocker no
colo. Maria desce também para ajuda-la.
Maria: Pena que não tem nenhuma
clínica veterinária aberta nessa região.
Meg: Mas ele está bem. Veja,
está só mancando um pouco. Amanhã peço pra minha irmã levar ele ao
veterinário.
Maria: (Sussurrando). Vou
tentar convencer meu marido a ficar com ele, caso você não ache o dono. Sou
louca por um Cocker! Você já tem uma cachorrinha, né?! Sei como um cãozinho dá
trabalho. Imagine dois!
Meg: É verdade. Vou
tentar achar o dono primeiro, pois todo animal de estimação
sente muita falta do dono. Tenho que tirar foto dele, fazer um cartaz e
distribuir próximo de onde foi encontrado.
Maria: Boa ideia! Bem... Boa
sorte com o cãozinho. Depois me liga pra dizer como ele está!
Meg: Pode deixar que eu ligo
sim, Maria. Muito obrigada! (Acenando para o marido de Maria). Paulo, muito obrigada e
desculpe o incomodo.
Paulo: Não foi nada. Boa
noite!
Sophia ouve a voz de sua
mãe e em seguida fica passada ao vê-la segurando um cãozinho no colo.
Sophia: Não pode ser! Minha mãe
arranjou outro bebê! Buaaaaa! Mas eu ainda sou pequenininha! Ainda sou uma
criança! Uma criança carente! Agora vou perder meu colo! Buaaaa!
Meg: (Olhando para Sophia).
Oh! Meu amor! Não precisa chorar! Tadinho. Ele tá dodói. Já, já a mamãe brinca
com você. Deixa só eu arrumar um cantinho pro “Dodói”
Rita chega logo depois.
Rita: De quem é esse cachorro?!
Meg: Ele foi atropelado,
Rita. Por favor, coloca a Sophia lá dentro, pois o Cocker tá cheio de carrapato
e sarna.
Rita: Ai, credo!
Rita leva Sophia para
dentro de casa e fecha as portas, deixando apenas o vitrô da sala aberto.
Sophia sobe no sofá para poder ver o Dodói através do vitrô que dá para o
quintal dos fundos. Dodói come ração e bebe a água. Depois anda pelo
quintal e faz coco no chão.
Sophia: (Latindo para o
Dodói). Seu cagão! Não sabe nem fazer as necessidades em cima do jornal! Cão
sarnento! Volta pra sua casa! Aqui é meu território! E aquela é minha mãe!
Dodói: (Com voz tremula de
velho). Você não tem piedade de um pobre velho ferido e perdido? Ah! Os jovens
de hoje não respeitam mais os idosos.
Sophia: (Surpresa). Nossa!
Desculpe! Não havia reparado que o senhor é idoso. Pensei que fosse um
garotinho no colo da minha mãe. Eu ainda sou criança e não quero perder meu
colo.
Dodói: Ah! Percebi que você é
criança. Se quiser um vovô estou ao seu dispor. Sempre fui louco pra ter netos, mas não me chame de senhor. Pode me chamar de vovô Wilber.
Sofia: Está bem vovô Wilber. O
meu nome é Sophia, mas o que aconteceu?
Wilber: Meu pai saiu de casa pra
ir encontrar sua namorada Carla. Só que eu tenho um tio malvado que aproveitou
que fiquei sozinho, colocou a coleira em meu pescoço; no início fiquei contente
pensando que ele ia me levar pra dar uma volta, mas depois ele me colocou num
carro, foi para um lugar que eu nunca tinha ido e me largou no meio do mato. Eu
já sou velho. Tenho catarata nos dois olhos e estou meio surdo. Meu faro também
já não é tão bom como o de um jovem. Por isso, fiquei perdido, andando pelas
ruas tentando achar minha casa.
Sophia: (Chorando).
Buaaaa! Que história triste!
Meg: Sophia, pare de chorar
! (Diz Meg sorrindo). Mas que ciumenta!
Sophia: Não sou ciumenta! Tô chorando porque me comovi com a história do vovô Wilber. (Olha para
Wilber). Não liga não. Minha mãe não entende nada do que eu falo.
Wilber: Isso é natural. Os
humanos não podem entender a gente.
Sophia: Por que você fala desse
modo? Até parece que nós somos ETs!
Wilber: Xi! Já vi casos iguais
ao seu. Você acha que é gente, não é?
Sophia: Como? Ce tá me ofendendo
com essa brincadeira! Pare com isso!
Wilber: Ai, meu Deus! Mais um
da minha espécie com crise de identidade! Menina escute bem: sei que não vai
gostar do que vou lhe dizer, mas é para seu próprio bem. Você não percebeu
ainda porque deve ser tratada como uma criança nessa casa e também convive mais
com as pessoas do que com os seres da sua espécie. Mas, sinto em lhe informar
que eu e você somos cachorros.
Sophia: Ah! Ah! Ah! Você
ficou maluco?
Wilber: Não. Não estou maluco e
nem gagá.
Sophia: Deve ter sido a
pancada então. Que absurdo!
Wilber: A pancada não afetou
minha cabeça, apenas minha pata. Raciocine comigo: por que sua mãe não
entende nada do que você fala? Ela não entendeu também nada do que eu disse a
você. Pode reparar. Ela continua me chamando de Dodói.
Sophia: Você está tentando me
deixar maluca, seu velho gagá!
Wilber: Só estou querendo te
ajudar, sua chata!
Meg: (Olhando para Sophia
e Wilber latindo). Ai, meu Deus! Parem de brigar vocês dois! Não pode
ficar latindo essa hora da noite, incomodando os vizinhos! (Pegou Wilber
no colo e o levou para o sótão).
Wilber: (Olhando para trás e
gritando de longe). Viu só? Ela disse latindooooo!
Sophia deitou, mas
não conseguiu dormir, pois aquela palavra ficou martelando na sua mente a noite
inteira como um eco: “latindoooo”!
Sophia: Ai meu Deus! Estou
confusa. Quero acordar desse pesadelo!
Os Dez Mandamentos da Posse Responsável de Cães e Gatos[1]
1.
Antes de adquirir um animal, considere que seu
tempo médio de vida é de 12 anos. Pergunte a sua família se todos estão de
acordo, se possui recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará
dele nas férias ou feriados prolongados.
2.
Dê preferência para animais de abrigos públicos ou
privados (castrados e vacinados) antes de comprar por impulso.
3.
Informe-se sobre as características e necessidades
da espécie escolhida, tais como tamanho, peculiaridades, espaço físico, etc.
4.
Mantenha seu animal sempre dentro de casa, jamais
solto na rua. Passeios são fundamentais, mas apenas com coleira e guia, e
conduzido por alguém que possa contê-lo.
5.
Cuide da saúde física de seu animal. Forneça
abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao veterinário. Dê banho,
escove-o e exercite-o regularmente.
6.
Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção,
carinho e ambiente adequado a ele.
7.
Eduque seu animal, se necessário, por meio de
adestramento, mas respeitando suas características.
8.
Recolha e jogue os dejetos em local apropriado.
9.
Identifique-o com plaqueta e registre-o no
Centro de Controle de Zoonoses ou similar, se informando sobre a legislação do
local.
10.
Evite as crias indesejadas de cães e gatos. Castre
os machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da
procriação e não tem contra indicações.
De acordo com o Manual
de posse responsável de animais de estimação da Prefeitura de São Paulo com
relação a abandono de animais:
“Procure conhecer o
comportamento da espécie que você escolheu. Isso possibilitará um melhor
convívio doméstico e evitar situações de abandono. Cães e gatos abandonados
podem causar doenças tanto para o homem quanto para o animal”[2].
[1]A
Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal ARCA Brasil
[2]http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/manual_posse_responsavel_1254745733.pdf
[2]http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/manual_posse_responsavel_1254745733.pdf
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